quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pelo Direito dos Autistas


Para tentar ajudá-lo a interagir com outras crianças, Carlos matriculou o filho em uma escola regular, quando tinha 3 anos de idade. O menino ficou ali por um ano, mas o ensino não surtiu efeito e os professores também não perceberam os sinais de autismo. Com 4 anos, ele foi levado à Auma, onde foi orientado, recebeu o diagnóstico correto e passou a frequentar as aulas.

Hoje, Carlos avalia que o desenvolvimento do filho tem avançado, ainda que de forma lenta. “É tudo muito demorado, muito lento. Quando você convive diariamente, se acostuma, é difícil perceber [o desenvolvimento]. Mas tem gente que viu ele há algum tempo, vê agora [e percebe] muita diferença”.

A própria Eliana já passou pelo sofrimento de receber o diagnóstico. Ela tem uma filha de 27 anos, a Natália, que é autista. “Nesse dia, eu morri. Morri por um ano. Tive a sensação de que o mundo tinha desabado e eu não conseguia sair de debaixo dos escombros. Chorei muito, fiquei deprimida e só continuo existindo porque o amor que tenho pela minha filha é e sempre será maior do que a dor que sinto”.

Ela também precisou enfrentar a dificuldade de obter o diagnóstico correto para Natália. “Naquela época, o diagnóstico ainda era uma coisa assombrosa, difícil de se alcançar”, recorda. Atualmente, o encaminhamento para o diagnóstico pode ser feito por pediatras, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos e educadores. O laudo de autismo para finalidades jurídicas, porém, pode ser emitido apenas por médico psiquiatra.

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